Campanha de exploração científica do quadrante Q-N6L2
Em busca da cachoeira lendária
Campanha de exploração científica do quadrante Q-N6L2
Em busca da cachoeira lendária
FICHA TÉCNICA
Campanha de exploração científica do quadrante Q-N6L2
Local: Parques Estaduais Intervales e Carlos Botelho – Sete Barras/SP
Lançamento: Novembro de 2020
Previsão de término: Junho de 2021
Estimativa de custo: Sendo calculada
Organizador: Núcleo Ambiental – AFA
Programa de regeneração ambiental e monitoramento da biodiversidade
Operação Delfos
Parceria: Fundação Florestal de São Paulo
Apoio: –
Patrocínio: –

RESUMO: Mesmo com poucas pesquisas científicas realizadas na região do Vale do Ribeira dos Parques Estaduais Intervales e Carlos Botelho, é possível afirmar que esse é um lugar especial. Poucos lugares do planeta conseguem se equiparar em riqueza de biodiversidade, mas, pelas características geomorfológicas e o bom estado de preservação do coração da mata no Continuum de Paranapiacaba, talvez não haja outro lugar no mundo que apresente uma concentração tão grande de espécies diferentes por km².
Nessa região, não são raras as descobertas de fragmentos que denunciam a ocupação por seus antigos habitantes. Repleta de episódios marcantes, ao longo de sua história viu surgir um número considerável de lendas e mitos relacionados aos remanescentes do passado, que permanecem escondidos nas profundezas das florestas.
Relatos de cavernas e abismos, aldeias e quilombos, armas e barras de ouro enterradas, permaneceram vivas na tradição oral dos povos ribeirinhos que habitam os povoados às sombras das grandes escarpas da Serra do Mar.
Uma destas antigas histórias fala sobre uma lendária cachoeira, que teria sido avistada por antigos funcionários do que outrora foi a Fazenda Intervales. Segundo os relatos, ela situa-se numa região de difícil acesso, escondida em um desfiladeiro que forma um vale profundo, fazendo com que possa ser contemplada apenas de bem perto. Sua queda é tão grande que a água chega ao chão como uma garoa, quase uma neblina, que impede a visão do topo, cuja altura estaria a mais de duzentos metros fenda acima. Assim juravam de pé junto os bravos que a descobriram.
Juntando o útil ao agradável, por meio da Operação Delfos, resolvemos direcionar nossa primeira incursão científica à floresta, numa área que denominamos quadrante Q-N6L2. De acordo com análises do relevo deste pedaço da floresta, realizadas a partir de fotos aéreas, notamos que há uma cachoeira de grandes proporções ainda desconhecida pelos habitantes da região.
Ainda não sabemos se conseguiremos desvendar esse mistério, mas temos certeza que descobriremos muita coisa que a floresta esconde sob suas densas copas e esperamos coletar informações importantes, que ajudarão enormemente nosso trabalho de regeneração ambiental e monitoramento da biodiversidade.
Principais objetivos



Os principais objetivos envolvidos na expedição relacionam-se diretamente com a produção de conhecimento que ajudarão na compreensão do bioma e do papel por ele desempenhado, enquanto área conservada, no combate às mudanças climáticas e preservação da biodiversidade.
A partir do aprofundamento do conhecimento, iremos aprimorar nossas atividades de monitoramento de fenômenos meteorológicos, da vida terrestre e aquática, possibilitando ações mais assertivas na prevenção e mitigação de desastres (causados por tempestades, enchentes, deslizamentos e incêndios) salvando vidas, reduzindo prejuízos e impactos ambientais.