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Zerando o passado

Publicado em 15/04/2019
Primeira edição

O prazer de iniciar esta conversa é indescritível, pois há anos estamos trabalhando em silêncio e nunca quisemos guardar segredo. Há bastante coisa para contar, então resolvemos usar este primeiro post para passar a régua no que fizemos até agora, zerando nosso passado.

Nos esforçamos para fazer o resumo mais curto e grosso possível dos 20 anos de evolução da ideia que culminou na criação da AFA, então não nos apegamos aos detalhes, mas ao contexto geral. Se um dia quiser saber os pormenores, venha nos visitar no LabNox que te contamos a história completa numa roda à beira da fogueira.

O bug do milênio
Placa indicando o ano 1900 por conta do bug. Fonte: Wikimedia Commons CC

Na virada do século XX para o XXI, início de nossa história, a preocupação que dominava o mundo era o famigerado bug do milênio.

Contudo, um outro temor irradiava para fora das academias e cada vez mais tornava-se parte do cotidiano: o colapso generalizado dos sistemas que sustentam nossas vidas.

O assunto não era novidade, uma vez que vinha sendo ventilado de forma estruturada desde a década de 1970, principalmente após a publicação do livro Limites do crescimento pelo Clube de Roma e da realização da Conferência de Estocolmo pela ONU, que tornaram 1972 um ano simbólico na luta pela melhora das relações do homem com o meio ambiente.

A partir da década de 1980, o tema ganhou maior visibilidade através das ações de organizações não governamentais de cunho ambientalista, como WWF, Greenpeace e Sea Shepherd, motivadas por alguns dos piores desastres ambientais causados por humanos até então. São dessa época a detecção do buraco na camada de ozônio (1982), o vazamento de Bhopal (1984), a explosão de Chernobyl (1986) e o encalhe do Exxon Valdez (1989), dentre outros.

No Brasil, o desmatamento da Amazônia era denunciado pelos amigos Raoni e Sting e a destruição de um ecossistema inteiro pela Fundação SOS Mata Atlântica. Cubatão, na época considerada a cidade mais poluída do mundo, enfrentou o incêndio da Vila Socó em 1984, mesmo ano em que o garimpo de Serra Pelada chegava em seu auge, enquanto que Goiânia foi palco do acidente radiológico com césio-137 (1987).

A queda do muro de Berlin em 1989, que marcou o fim da união Soviética e da Guerra-fria, anunciava ares mais leves para a década de 1990. Ainda assim, numerosas guerras no Oriente médio, no Leste Europeu e na África geravam uma grande onda de refugiados.

Em 1992, ocorre a ECO-92, no Rio de Janeiro, segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

Nela, 178 países reuniram-se para decidir que medidas tomariam para diminuir a degradação ambiental e assegurar o futuro das gerações seguintes, introduzindo definitivamente a ideia de desenvolvimento sustentável no debate político, por meio da Carta da Terra.

A queda do muro iniciou uma nova era. Fonte: Wikimedia Commons CC

Dando sequência aos compromissos assumidos na Eco-92, é realizada a Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU e em 1997 o Protocolo de Quioto é assinado no Japão, estabelecendo critérios mais rígidos para a redução da emissão dos gases que produzem o efeito estufa.

Os anos 90 também são marcados pela rápida evolução da tecnologia da informação e a popularização da internet. A informatização no mercado financeiro e dos meios de produção propiciou um forte crescimento econômico, com destaque para as empresas de tecnologia negociadas no NASDAQ.

Os ganhos do início da década de 90 permitiram superar consideravelmente os impactos do crash da bolsa em 1987, enriquecendo yuppies mundo afora e acelerando a cristalização dos grandes monopólios capitalistas multinacionais.

Em 1993, a hiperinflação brasileira pode ser controlada com o plano real e decretou-se o fim da década perdida, período de estagnação econômica registrado no país em decorrência da catastrófica gestão militar ao longo da ditadura.

Ao final do século, a bonança neoliberal que arrebatou o planeta superava os “desconfortos” ambientais e sociais por ela causados, ainda que a devastação das florestas tropicais ou a fome na África fossem noticiadas diariamente, naqueles mesmos jornais que anunciavam o apocalipse do bug do milênio em suas capas.

2001, uma odisseia

Foi com tal pano de fundo que, em março de 2001, a ideia de criar uma associação veio à tona. O grupo participante desta primeira experiência, formado por estudantes universitários de diferentes áreas do conhecimento, reuniu-se durante meses para discutir os conceitos que seriam aplicados.

Apesar dos esforços, as limitações impostas pela vida acadêmica impediram que o projeto seguisse em frente. Ainda assim, o experimento teve grande importância, pois fortaleceu a ideia suficientemente para que continuasse viva e amadurecesse, sendo maturada e lapidada pacientemente nas duas décadas seguintes.

O início desse longo processo coincidiu com um conturbado período de agitação mundial. No dia 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos sofreram o pior ataque terrorista de sua história. As motivações do ataque, bem como a violência de sua resposta, possuem raízes no profundo abismo criado pela desigualdade socioeconômica global e foram impulsionadas por seu mais terrível efeito colateral, o ódio.

A guerra ao terror, declarada a seguir, serviu como justificativa para intervenções militares no Afeganistão e Iraque, que passaram a ser controlados pela coalizão comandada pelos EUA. Seus desdobramentos tiveram como consequência o surgimento do Estado Islâmico e a expansão dos conflitos para Paquistão, Filipinas, Iêmen, Síria, Líbia, Cachemira e territórios islâmicos da África Central.

Inspirado pela intolerância, um novo mundo passou a ser moldado, tendo a supressão do “mal” como ordem do dia. Enquanto o maniqueísmo movia tropas sobre campos de petróleo, outras questões cruciais foram relegadas ao segundo plano, dentre elas o aquecimento global e o agravamento das desigualdades socioeconômicas.

Maturando

Com a derrubada do regime Talibã no Afeganistão (2001) e de Sadam Husseim (2003), a primeira década do século costuma ser mais lembrada pela evolução do conflito, capitaneada pela gestão de George W. Bush (2001-2009), mas o descaso das autoridades em relação aos alertas sobre o clima ganha mais peso histórico a cada ano.

Cientistas de todo mundo apresentavam provas, cada vez mais contundentes, de que diversos fenômenos naturais extremos estariam interligados e teriam uma mesma causa, o aquecimento global causado pelo acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera.

As observações que começaram a ser apresentadas na década de 1980, apontam que o planeta passou a aquecer em ritmo acelerado a partir da década de 1970, acompanhando o aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa resultante das atividades humanas.

A magnitude de eventos climáticos extremos, como o furacão Katrina (2005), evidenciavam o que estaria por vir.

Inúmeras vozes soavam o alerta, dentre elas a do ex-vice-presidente americano (1993-2001) e vencedor do Nobel da Paz em 2007, Al Gore, que concorreu à presidência tendo a questão climática como principal bandeira de campanha, em 2000, mas foi derrotado num pleito polêmico.

Furão Katrina, que devastou New Orleans em 28/08/2005. Fonte: NASA

Embora atuasse desde os anos 80, sua maior contribuição para a luta contra o aquecimento global foi o lançamento de Uma verdade inconveniente (2006), documentário vencedor do Oscar, que ajudou a popularizar a questão de forma inédita. Após seu lançamento, outros documentários sobre o assunto vieram na sequência, como A última hora (2007) e Alimentos S.A. (2008), dentre tantos outros.

No Brasil, a transição da gestão FHC (1995-2003) para a de Lula (2003-2011) ocorreu sem os temidos solavancos econômicos alardeados pelos setores conservadores. O período foi de estabilidade política e prosperidade econômica, com a introdução de uma série de políticas sociais que juntas retiraram milhões de pessoas da miséria.

As perspectivas positivas que apontavam para um futuro promissor eram contagiantes. Como não poderia deixar de ser, nossa ideia de associação foi contaminada pelo entusiasmo do momento positivo no país e a preocupação crescente com o meio ambiente, motores que impulsionaram a construção de uma rede colaborativa informal.

Foi uma fase marcada por nossa consolidação profissional e pela maturação conceitual daquilo que viria a ser nosso modelo operacional. Pegando carona no otimismo, as discussões giravam em torno das possibilidades de aperfeiçoamento de coisas que já existiam, atualizando as formas de organização social ao nosso redor.

Assim, cadeias de produção mais eficientes e ecologicamente corretas foram os temas mais presentes nos 10 primeiros anos de desenvolvimento da ideia. A postura crítica em relação às práticas de mercado direcionaram o debate para conclusões contrárias às convenções corporativas, reafirmando cada vez mais a vontade de criar uma organização que prioriza-se ganhos socioambientais ao invés de financeiros.

Desejávamos uma metodologia que garantisse tempo suficiente para a concepção daquilo que seria produzido, pois acreditamos que o investimento de tempo nas fases iniciais dos projetos tende a converter-se em produtos melhores e mais baratos. Ao mesmo tempo, repudiávamos o fato de tudo ser “para ontem” e que “essa é a realidade do mercado”, pois tal discurso é uma justificativa inválida para falta de planejamento.

Lapidando

Após 10 anos, tínhamos uma rede de profissionais altamente qualificados, dispostos a colaborar entre si para trazer ao mundo criações bem projetadas e que expressassem os valores nutridos pelo coletivo. Contudo, ainda precisávamos lapidar aspectos importantes antes de dar os próximos passos.

O principal deles era a estrutura organizacional, que deveria ser flexível e capaz de abarcar as diferentes atividades propostas pelos integrantes da rede. Tendo colaboração como a tônica dominante, a adoção de um modelo horizontal, com tomadas de decisão descentralizadas e compartilhamento de responsabilidades, deu-se de modo natural.

Escola da comunidade La Ruche, de Faure Fonte: Wikimedia Commons CC

Guiados por Proudhon, Kropotkin, Reclus, Bookchin, Faure e outros pensadores de um movimento que não deveria ser esquecido, iniciamos a compilação das características que dariam forma à ideia. Assim, conceitos como ajuda mútua, livre associação e auto-gestão, que já eram praticadas inconscientemente, receberam contornos mais precisos para melhor orientarmos nosso crescimento.

Neste processo, os quatro núcleos que compõem a associação solidificaram-se como seus pilares de sustentação. Concebidos como entes independentes, desfrutam de liberdade para realizar suas atividades, desde mantenham a harmonia entre eles, sendo portanto responsáveis pelo balanceamento de suas próprias atividades e dos demais, regulando-as conforme necessário.

A estabilidade almejada contrapunha-se aos desarranjos políticos e econômicos que o Brasil enfrentava no momento. De fato, após os primeiros anos de mandato, em que dava sequência ao trabalho da gestão anterior, o governo de Dilma Rousseff (2010-2016) enfrentou uma grave crise econômica e sofreu com o desgaste causado por escândalos de corrupção.

A concentração de riqueza nas mãos de uma parcela cada vez menor da população acelerava a deterioração social dos mais pobres, cada vez mais dependentes de programas assistenciais, onerando demasiadamente a classe média, que por sua vez via sua situação econômica erodir cada vez mais rápido sob os pés.

Os esforços do governo federal para sustentar a delicada situação, através do aumento de investimentos utilizando dinheiro público, fracassaram, dando início a um período de retração econômica. Em 2013, eclode um grande movimento de insatisfação social no Brasil, tornando explicito o descontentamento com o desigualdade social que acelerava sob as trevas da corrupção.

A classe média descontente tomou as ruas, mas sua heterogeneidade logo se manifestou em uma gama de pautas com matizes divergentes, muitas vezes antagônicos, que aos poucos foram se aglutinando em dois polos opostos que acirraram a animosidade e eliminaram qualquer chance de estabelecer-se um debate propositivo.

A repressão policial deu força aos protestos. Fonte: Wikimedia Commons CC

De um lado, liderados por ultraconservadores, segmentos da direita uniam-se pela defesa de pautas religiosas e retrocessos nos direitos civis e sociais, demandando a derrubada imediata do governo, com uma parcela significativa apelando para o retorno da ditadura militar.

Do outro, uma miríade de grupos que lutavam por causas progressistas também criticava o governo, exigindo mudanças estruturais drásticas, mas sem muita clareza em suas demandas, pois, ao agirem como se fossem concorrentes, fragmentavam sua unidade e enfraqueciam sua posição.

A onda de protestos testemunhada no Brasil não foi um fenômeno isolado. Eles tiveram início em 2010 na península arábica e norte da África, num levante que ficou conhecido por Primavera Árabe. Simultaneamente, o movimento Occupy se propagava a partir do acampamento em Wall Street, difundindo-se pela Europa, que se revoltava contra os planos de austeridade.

Em 2013, além do Brasil, a onda atinge a Turquia e no ano seguinte estoura em Hong Kong, Taiwan e em outros centros asiáticos, chegando mais tarde ao restante da América Latina, onde é sentido mais forte na Argentina, Bolívia e principalmente Chile, regiões onde os protestos ainda continuam ativos.

O papel positivo das redes sociais, principais ferramentas utilizadas na organização dos protestos, é indiscutível. Apesar disso, ao mesmo tempo que dava voz aos que julgavam-se oprimidos e desejavam manifestar-se contra seus governos, seus algoritmos inflamavam os polos opositores lentamente, armando uma bomba que viria explodir a seguir.

Após um conturbado processo de impeachment, motivado por questões políticas e com amplo apoio do polo conservador, a gestão de Michel Temer (2016-2018) assume para “estancar a sangria” causada pela Lava Jato, operação contra corrupção que acabou corrompida pelos arroubos de poder dos agentes que comandavam o processo.

Galeria 540
Além de ser a sede da AFA, o Galeria 540 é palco de eventos culturais incríveis.

Acompanhamos o desenrolar dessa novela direto das cadeiras de praia do Galeria 540, centro cultural duplamente especial em nossa história. Primeiro, por ter propiciado a massa crítica que precisávamos para sair da inércia e segundo, por funcionar como ponto de encontro para a rede colaborativa que o idealizou.

O G540 é um espaço vivo, que começou a ser construído logo após o Burning Man de 2015 e está em mutação desde então, sendo alterado continuamente pelos artistas que o frequentam. Podemos dizer que, se não for o melhor, com certeza é o produto mais divertido (e colorido) criado por nós até agora, com shows, exposições, feiras, palestras e oficinas, além de muitas festas memoráveis em seus containers grafitados.

Apesar de ser a casa da associação e ter se tornado uma referência no circuito cultural de São Paulo, o Galeria foi projetado para ser uma pequena peça de algo bem maior. Seu sucesso imediato nos motivou a acelerar o ritmo e passamos a investir muito mais tempo em nossas verdadeiras ambições, o que nos traz ao momento atual.

Constituindo

Dizer que a metade final desta década tem sido intensa pode ser considerado eufemismo, mas os eventos que sucederam-se no período não chegam a ser surpreendentes. De certa maneira, a guinada conservadora, que elegeu regimes retrógrados de retórica populista mundo afora, veio na esteira da já citada polarização, resultante da onda de protestos mundiais e amplificada ininterruptamente pelos algoritmos das redes sociais.

Nos Estados Unidos, Donald Trump foi eleito presidente em 2016 e iniciou uma gestão isolacionista sob o lema “América Primeiro”, com inúmeras polêmicas acumuladas desde então. Dentre suas ações iniciais, revogou as proteções ambientais destinadas a enfrentar as mudanças climáticas e retirou os EUA do Acordo de Paris, firmado em 2015. Também iniciou a construção de um muro ao longo da divisa com o México, símbolo de sua política anti-imigração.

Sem cerimônias, encerrou unilateralmente ou retirou o país de diversos acordos, incluindo convenções sobre armas nucleares, estimulando atritos com diversas nações. Ademais, impôs várias barreiras tarifárias para importações, que culminaram numa guerra comercial com a China.

Muro entre EUA e México, em Nogales, Aizona. Fonte: Wikimedia Commons CC

Aproveitando a mesma onda, o Brasil inicia seu próprio pesadelo nas eleições presidenciais de 2018, marcadas pela prisão de um dos candidatos e pelo atentado contra o vencedor, que abusou da desinformação em sua campanha.

Seguindo o (mal) exemplo americano, uma série de políticas que enfraquecem a proteção do meio ambiente estão sendo adotadas, causando um aumento vertiginoso do desmatamento no país, seguido por grandes incêndios que seguem queimando a Amazônia e o Pantanal neste exato momento. No campo econômico, uma gasta e mal planejada agenda neoliberal tenta ser encampada, tendo uma forte desvalorização monetária como principal resultado até agora.

Dividido entre duas alas em atrito permanente, o governo oscila entre retrocessos ideológicos, que aniquilam salvaguardas sociais, ambientais e civis, e afrontes totalitários, militarizando o alto escalão administrativo em todos os setores, com promessas de que facilitará o acesso à armas de fogo.

Obviamente, o país não vive seu melhor momento, mas a adversidade acabou nos estimulando ainda mais. Dando sequência ao processo, resolvemos que concentraríamos nossos esforços em pequenas comunidades afastadas de centros urbanos, com o objetivo de torná-las mais autônomas em relação ao poder público, decisão da qual surgiu o nome Associação de Fomento à Autonomia.

A partir de então, estamos pesquisando potenciais comunidades para a implantação de um laboratório de inovação social e sustentabilidade, que servirá como base operacional para a execução de nossos projetos pilotos, desenvolvimento de tecnologias, realização de cursos e eventos.

Nas últimas semanas, iniciamos a redação de nosso estatuto, para darmos entrada no processo de formalização da associação. Também demos alguns outros passos importantes, dentre eles a criação deste website, pois acreditamos que nossa procura finalmente está chegando ao fim.

Temos algumas comunidades em vista que são fortes candidatas para nos receber, dentre elas uma localizada no Vale do Ribeira se destaca, pois parece possuir todos os requisitos que procuramos. Seu nome é Saibadela e provavelmente falaremos bastante sobre ela nos próximos posts.

Registrando

Já que nosso relato chegou aos dias de hoje, encerramos por aqui a primeira parte de nossa história, zerando assim nosso passado. Seguiremos registrando nossas atividades, que estão apenas começando, mas a partir de agora será quase em tempo real.

Iremos narrar a evolução de nosso trabalho mês a mês e convidamos você para acompanhar essa jornada, não apenas lendo nossos drops de notícia, mas ajudando a escrevê-la, participando ativamente de nossas atividades.

Obrigado pela companhia, pois, ao escrever, um autor sempre está acompanhado dos leitores em seus pensamentos. Esperamos que tenha gostado de nossa história e será muito legal se você compartilhar suas opiniões, por isso agradecemos antecipadamente seus comentários.

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